Psicólogo especializado em desempenho profissional dá cinco dicas sobre como lidar com a síndrome do impostor e perder o medo de iniciar seu negócio
Você já teve vontade de empreender, mas desistiu por não se achar capaz disso, mesmo sendo? Já se sentiu não merecedor de iniciar essa nova etapa em sua vida? Se a resposta for sim, talvez você sofra de um mal comum atualmente: a síndrome do impostor.
Trata-se de uma desordem psicológica caracterizada pela tendência à autossabotagem, em que a pessoa acredita que o que ela faz não é bom o suficiente. A síndrome do impostor, mesmo sendo um termo pouco abordado no dia a dia, é um problema frequente na população, principalmente no ambiente profissional. Segundo pesquisa da Universidade Dominicana da Califórnia, nos Estados Unidos, aproximadamente 70% das pessoas já se sentiram “uma fraude” no trabalho alguma vez na vida.
Mas e no empreendedorismo, ela também existe? A resposta é sim. De acordo com Wanderley Cintra Jr., psicólogo especializado na área de desempenho profissional, quando o empreendedor pensa em abrir um negócio, ele precisa ter confiança que aquilo dará certo. “Caso se sinta incapaz logo nessa fase, com sentimento de autossabotagem, esses fatores podem influenciar, e muito, no fracasso da empresa”, conta. Acreditar no negócio é se doar ao máximo e começar com todo potencial possível. A descrença neste momento pode diminuir as potencialidades.
Para evitar esse tipo de problema, Wanderley destaca a importância da inteligência emocional nesse processo. O primeiro passo é se conhecer. Uma ótima pergunta é: o que eu faço que as pessoas elogiam muito? As pessoas pagariam por isso? Gostaria de viver fazendo isso? A partir disso se planejar.
Além disso, ter a visão do negócio, dos processos, traz mais conforto em relação ao que está por vir, evitando muitas surpresas. “Também é importante dar o primeiro passo ao invés de deixar as coisas somente no papel. Aquele friozinho na barriga é norma e enfrentá-lo irá trazer mais autoconfiança”.
Outra dica do psicólogo é descobrir seus pontos fortes e, principalmente, não se comparar aos outros. “Ao abrir uma empresa, o indivíduo tem de ter na cabeça que pode competir de igual para igual no mercado, dentro do seu nicho, e que tem capacidade de deixar o cliente satisfeito com o serviço oferecido”, destaca.
Claro que todo negócio tem a sua limitação, mas enxergar essa deficiência e pensar em soluções é algo fundamental para evitar a síndrome do impostor. “Aproveitar as oportunidades que surgirem ao longo do caminho, ter noção da sua competência e reconhecer que o sucesso do negócio é mérito, são aspectos importantíssimos para seu negócio ter êxito”, conclui Cintra.
A seguir, confira cinco dicas para afastar a síndrome do impostor e começar seu negócio:
Avalie suas habilidades com um olhar técnico e externo
No que eu sou bom? Como isso tem ajudado as pessoas? Fazer essa análise de maneira profissional ajuda a evitar cobranças desnecessárias e a ter uma noção melhor sobre a realidade do futuro negócio. As vezes na nossa visão somos bons em algo, e validação externa e técnica tem menos viés.
Aceite as imperfeições:
O seu negócio pode, sim, ter erros. Então, é necessário lidar com eles e sempre buscar evoluir profissionalmente. Dessa maneira, evita-se o estresse e a busca por perfeição. Evite romantizar o empreendedorismo, os problemas existem mesmo em negócios de sucesso.
Acredite nos elogios:
Analise-os com objetividade e admita que você tem capacidade e é merecedor dos reconhecimentos, além disso, se possível, busque aprimorar mais ainda o que tem dado certo.
Converse com o cliente:
Assim que conseguir os primeiros, peça um feedback. Dessa forma, o empreendedor consegue saber como o negócio está indo e se realmente precisa de ajustes.
Peça ajuda:
Quando não temos conhecimento suficiente sobre algo, precisamos pedir ajuda para alguém que entenda mais do que nós. Isso ajuda a ter uma visão mais ampla do negócio e como você vai usar suas habilidades para agir.
Sobre Wanderley Cintra Jr.
Wanderley Cintra Jr. é psicólogo graduado pela Universidade Federal de Santa Catarina e especializado em avaliação de desempenho. Dedica-se há mais 15 anos a estudar o comportamento das pessoas no contexto do trabalho e possui mais de 20 anos de experiência em treinamento e desenvolvimento de pessoas, acumulando mais de 55 mil horas de treinamentos ministrados. Sendo esses últimos 9, dedicados exclusivamente a lidar com questões emocionais, seja individual ou em grupos. Criador do método SpiderWebEmotions, utilizado em mais de 36 empresas no Brasil e no mundo, Wanderley atua de maneira global com experiências em empresas de Portugal, Itália, Canadá e Austrália.
Treinamento Xeque Mate
Wanderley também é o desenvolvedor do treinamento Xeque Mate. Com o slogan “Aprendendo a lidar com o jogo de Xadrez da Inteligência Emocional”, o curso tem o objetivo de potencializar a qualidade das relações e contribuir com uma melhor consciência das emoções de cada indivíduo. Com uma carga horária de 14 horas, em 5 encontros virtuais, os interessados podem se inscrever pelo site www.treinamentoxequemate.com.
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Fonte: Assessoria de Imprensa
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