Especialista aponta os 5 erros mais comuns na hora de escolher um sócio para o seu negócio.
Uma pesquisa feita pela Wakefield Research, com patrocínio da Weebly, entrevistou 1.001 adultos nos Estados Unidos e constatou que, para aproximadamente 30%, a ideia de começar um novo negócio traz mais medo do que pular de paraquedas. Um dos grandes anseios dos empreendedores que conseguem passar por esse medo e fundar uma empresa é escolher o sócio ideal.
O investidor Gabriel Boyer, ao longo de 20 anos de carreira, lidou com muitas dessas escolhas, entre empresas brasileiras e multinacionais. O executivo descreveu quais são os cinco maiores erros que empresários cometem ao escolher um sócio e como contornar a situação. Confira:
OLHAR O CURRÍCULO E NÃO OLHAR O LADO HUMANO
Você precisa levar em consideração que os momentos mais importantes e difíceis que sua empresa vai passar serão divididos com seus sócios. Se a escolha de um sócio não for baseada em caráter, integridade e um espírito transformador, se for apenas visando um currículo renomado, você corre risco de dividir seus sonhos com uma pessoa que não tenha a mesma identificação e paixão que você.
AMIGOS E FAMÍLIA
Não é impossível, mas certamente ter um sócio da família ou que tenha uma relação muito próxima de amizade tende a não funcionar em 95% dos casos. É uma decisão muito arriscada. O mesmo vale para a contratação de familiares. Nesses casos é importante avaliar outras características técnicas para entender se a relação emocional não irá prejudicar a parceria. É necessário que exista uma maturidade dos envolvidos.
ALGUÉM COM HABILIDADES PARECIDAS A melhor fórmula em uma sociedade é quando os sócios se complementam em seus conhecimentos e habilidades. Caso você esteja escolhendo um sócio porque já tem um relacionamento bom, mas essa pessoa tem as mesmas experiências que você, não vai ser a melhor decisão para o negócio.
TER MEDO DE DEFINIR OS PAPÉIS Achar que não é necessário definir quem cuida de cada área pode atrapalhar a empresa como um todo. Um time de sócios só funciona bem quando cada um sabe o seu papel e os objetivos que devem alcançar. Eu, por exemplo, auxílio na gestão financeira e risco, não faria sentido liderar produtos e vendas, por exemplo. Importante ainda deixar essas divisões bem documentadas para evitar mudanças de pensamentos e dúvidas ao longo do tempo.
ACHAR QUE SÓCIO É FUNDO EMERGENCIAL
Se a ideia é encontrar um sócio para tirar a empresa do vermelho ou tentar uma reviravolta, só vai funcionar se ele for especializado nesse tipo de operação, que é chamado de turnaround. Porém é necessário alertar. Poucas empresas e pessoas estão preparadas para uma transformação verdadeira e ampla. Caso isso não esteja perfeitamente alinhado a entrada desse sócio só vai causar conflitos.
Sobre Gabriel Boyer O Gabriel Boyer é um empreendedor de turnarounds, reconhecido no mercado por implementar processos de transformação em companhias em um período de apenas 18 meses. Atualmente ele é executivo na cervejaria fitness Lapa Low e atua no conselho do Rancho SFP e Lavoro Seguros. É formado em Atuária pela UFRJ, membro do Instituto Brasileiro de Atuária e formado pelo SEP da London Business School, além de possuir mais de 20 anos de experiência no setor de seguros.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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